Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro

MHCRJ

O Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro/MHCRJ foi criado como reflexo da expansão dos museus no século XIX e suas origens estão ligadas ao princípio da República no Brasil e ao papel de centro político que o Rio de Janeiro representava nesse contexto. Desde 1891, as autoridades do governo recém-instalado manifestavam preocupação em recolher objetos representativos, que interessassem à história da cidade. Contudo, sua criação só ocorreu na administração do Prefeito Pedro Ernesto através do Decreto Nº 4989 de 11 de julho de 1934.

A instituição localizada dentro do belíssimo Parque da Cidade proporciona ao público além de cultura, uma exuberante área verde e uma vista panorâmica da Zona Sul. O Museu foi criado com o objetivo de oferecer ao público conhecimento da história e da evolução da cidade, através de objetos de arte e de ampla iconografia. O MHCRJ foi instalado provisoriamente no Parque em 1935 durante a breve gestão do Prefeito Henrique Dodsworth. Em 1942, foi transferido para o centro recreativo da Prefeitura na Praça Cardeal Arcoverde, onde permaneceu fechado. Somente em 1948, na administração do Prefeito Mendes de Moraes, quando de seu retorno ao Parque da Cidade, o Museu foi reaberto ao público.

Em 1994, a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro assinou convênio com o Governo do Estado a fim de administrar a instituição. A instituição vem buscando ao longo de sua existência ser referência como polo de disseminação de cultura, arte e educação para pesquisadores e estudantes, além de adquirir, conservar, pesquisar, preservar e expor testemunhos da história de nossa Cidade Maravilhosa.

O acervo

O MHCRJ sempre mostrou uma tendência a manter-se nos limites de seu objeto: a cidade do Rio de Janeiro. Entretanto, seu vasto acervo documental, arquivístico e museológico, com cerca de 24.000 peças, que significam um importante registro sobre a cidade do Rio de Janeiro e que abrange diferentes categorias, apresenta caráter nacional. Nele encontram-se obras de artistas consagrados como Visconti, Thomas Ender, Antônio Parreiras, Armando Vianna, Augusto Malta e Marc Ferrez, além dos acervos dos prefeitos Pereira Passos, Pedro Ernesto, Carlos Sampaio e César Maia.O Museu possui também um importante registro fotográfico com 6.500 imagens de diversos aspectos, períodos e personalidades com destaque para as fotografias de Augusto Malta.

Presente na Rede Web de Museus desde dezembro de 2014 o Museu já disponibilizou ao público gravuras e litogravuras com imagens da Cidade nos períodos colonial e imperial com ênfase para autoria de Maria Grahan, Eugène Cicéri e Friedrich Hagedorn. A coleção de Estandartes do Século XIX, tendo como destaque o Estandarte do Senado da Câmara utilizado na recepção da Família Real Portuguesa em 1808.

Coleção Séculos XVI ao XVIII:

Composta por pinturas e peças do cotidiano desse período, destacam-se os Canhões, a Armadura da expedição de Estácio de Sá, esculturas como as Marrecas de Valentim da Fonseca e Silva e peças sacras como a Imagem de Santa Rita de Cássia estão entre outros itens do acervo do MHCRJ que falam do Rio de Janeiro e do Brasil, desde a época da fundação da cidade até o final do século XVIII.

Coleção Século XIX:

Abordando o cotidiano e os personagens que fizeram parte da história do Rio de Janeiro por meio de peças como gravuras, fotografias, passaporte de escravo e até o menu do banquete da Ilha Fiscal, último do Império. Essa coleção busca imergir o espectador aos diferentes aspectos do cotidiano da época.

Coleção séc. XX:

Os projetos de construção da Avenida Central, a escultura da cabeça do Cristo Redentor e fantasias de Clóvis Bornay são alguns dos itens do acervo do MHCRJ selecionados para falar da cidade do Rio de Janeiro a partir do século XX.